Som On Line RCT

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Rancho Folclórico e Etnográfico de Alviobeira promoveu conferência : FOTOS


Rancho Folclórico e Etnográfico de Alviobeira promoveu conferência “ Folclore identidade de uma freguesia ou região”
“Uma lição de sapiência”
 O título do artigo tem direitos de autor do secretário da Junta de Santa Maria dos Olivais – Mário Santos que foi a forma como classificou, no final 
a conferência “ Folclore identidade de uma freguesia ou região” que durante duas horas em sala cheia e sem se ouvir nada mais que os conferencistas convidados se aprendeu quem se dedicou na sua vida profissional e se dedica ao ensino, ao estudo, à pesquisa e à cultura. Numa altura em que mil e tal freguesias, neste país, se vêem, (e Alviobeira não foge à regra), com a imposição de uma lei aprovada em Assembleia da República Lei 22/2012, de uma reforma que por ironia do destino, teve um mediático e demissionário ministro dos Assuntos Parlamentares e presidente da assembleia municipal, de Tomar – Miguel Relvas, fazia sentido inserido, nas actividades dos 25 anos do rancho e nas exposições patentes e na cerimónia da Gala, ouvir, sem ser  de políticos de qualquer quadrante ou estatuto, o que teriam a dizer o José Joaquim ( professor aposentado) e  grande estudioso do folclore, Ernesto Jana, historiador, o tomarense Prof. Dr. Luis Graça, com vasto currículo académico ou Paulo Alcobia Neves, licenciado em turismo e um defensor da história da região com vários livros publicados. Foi uma palestra educativa em que Paulo Neves faz a resenha histórica da freguesia desde Gualdim pais e o castelo de Ceras a Miguel Relvas, quando quer agregar freguesias, nesta reforma de “tapar o olhos à troika” em que por via da Ordem dos Templários ter estado na freguesia de Alviobeira e ter havido um doação a freguesia é das poucas do país;  que pode usar no brasão a cruz templária. Refere que Alviobeira será sempre freguesia no domínio religioso e evoca todo o passado -  a desanexação da igreja de Santa Maria de Arenas ( Pias) e da Igreja Nova do Sobral e quando em 1855 Alviobeira é integrada no concelho de Tomar, deixando de pertencer ao concelho de Ferreira do Zêzere.  De seguida José Joaquim refere “ não sou a favor da agregação e freguesias porque ainda não consegui perceber os benefícios. Compreendo as preocupações das gentes destas duas freguesias, mas penso que, no aspecto cultural até pode ser, uma mais valia, para a consoliação da identidade, neste caso de Alviobeira e Casais que já demonstraram individualmente o que querem, e para onde vão, as suas relações culturais e de amizade podem, a partir de agora, serem vividas mais no colectivo, é um desfio para  a população destas duas freguesias, que não devem voltar as costas uns aos outros, mas sim, procurarem em conjunto reforçar a sua identidade cultural, contribuindo assim para engrandecimento da nova freguesia, do concelho de Tomar(…) 
Ernesto Jana aponta exemplos de agregações que não passam pela cabeça de ninguém,  como a nova freguesia de Santa Maria Maior em Lisboa que vai agregar 12 freguesias e aponta os aspectos culturais de cada uma, nas marchas populares dos vários bairros que pode estar em causa. Refere “ a terra é feita pelas pessoas e não pelos políticos” e embora seja contra a agregações forçadas de freguesias, não será por aí que a identidade cultural se vai perder e Alviobeira será sempre Alviobeira na suas tradições usos e costumes. Apelou à preservação dos mesmos e aponta alguns doutras regiões que se estão a perder. Luís Graça , é contra a agregação e focou os aspectos históricos de Alviobeira, e de Tomar  e a cultura dos povos das aldeias e rematou “ o concelho de Tomar são as freguesias, o nucelo de preservação de tradições mora aqui e vai mantendo  vivo, este mundo que já perdemos e,  em Alviobeira pelo que me foi dado a conhecer e no magnífico restauro da Capela de Ceras que acompanhei, nas iniciativas e exposições o rancho está de parabéns; advogando uma autenticidade rica que deve ser aproveitada senão Tomar vai ser no futuro uma terra de paisagem”.
Todos assim manifestaram a sua discordância por esta reforma administrativa, mas se tal vier a ser aplicada não será por via dela que a tradição e cultura de uma freguesia e da outra que se fundem num território mais vasto, possa vir a ser beliscado e cabe às gentes da terra e instituições em que os ranchos tem um grande papel, continuar a  preservar a herança dos seus antepassados. No final foram distribuídos diplomas aos presentes da sua participação.
Alviobeira Acontece!

António Freitas

                                           Clica na foto para ir para a galeria de FOTOS
Rancho Folclórico Etnográfic

0 comentários:

Enviar um comentário

Partilhar

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More